Sexta-feira, 8h.
Apesar
de ter virado a noite em festas de celebridades Breno Ribeiro ainda não
conseguia dormir, algo o perturbava e ele não sabia o que. Sua vida estava
muito bem obrigado. Tinha acabado de ser promovido, tinha uma grande mansão com
piscina e vários quartos, carros de luxo e empregados para lhe servir. Tinha as
mulheres que queria, quando queria. E não podia reclamar de seus amigos, pelo
menos os poucos que acreditava serem verdadeiros.
Essa era a parte mais triste
de sua vida. Sempre lhe vinha à mente de que todos próximos só queriam seu
dinheiro. Na sua mente eram todos falsos, mascarados. Cada um possuía uma
máscara que ele tentava cuidadosamente retirá-las. Não podia lhe faltar a
família, essa sim ele tinha sérios problemas. Seus pais foram assassinados
quando criança, resultando na fortuna em seu nome.
De família lhe restaram alguns
primos e um meio irmão que aparecera há pouco tempo. Esse sim tirava a
paciência de Breno. Esdras Evans era filho de uma moça que não convêm informar.
Ele descobrira o endereço do seu falecido pai e decidira lutar para conseguir
parte do que lhe era de direito na fortuna, isso rendia várias noites de discussão
entre os dois.
Tirando estes infortúnios, a
vida de Breno era agradável. Aquela manhã ele tinha que executar o que
planejara. Uma festa. Um baile de máscaras para ser mais específico. Seria uma
noite memorável, com grandes decorações, arranjos, luzes, muita comida e
bebida. O plano era trazer o irreal a mansão. Personagens do circo iriam estar
espalhados pela casa, todos mascarados. Palhaços, mágicos, contorcionistas,
malabaristas e tudo o que tinha direito.
Mas teria algo por trás
daquilo tudo. Algo que ninguém esperaria, nem mesmo o Breno Ribeiro, pois o
destino estava marcado para todos os convidados. Algo estava sendo tramado por
detrás das máscaras e aquela noite seria a noite em que as máscaras iriam cair
completamente.
Breno
se levantou a contragosto, suas pálpebras ainda pesadas, seus músculos ainda
doloridos. Jogou um pouco de água no rosto e se fitou no espelho. Com certeza
estava acabado, precisava urgente de uma boa dormida para tentar diminuir as
olheiras.
Sexta-feira, 08h30min
As
batidas na porta lhe pareciam marteladas nas suas têmporas. A dor de cabeça era
grande e, com certeza, Breno torcia para não ser Esdras querendo discutir mais
acordos para a divisão da herança.
- Sr. Breno, com certeza chegar a esta hora não faz
bem para o senhor, afinal o Sr. precisa preparar a festa.
Ann
Jones era a governanta da mansão do rapaz e tentava orientá-lo para tomar as
melhores decisões, apesar de deixá-lo livre para escolher o que lhe convinha.
Presente todo o tempo, ela morava em um dos quartos de hospede da mansão. Ela
era uma das poucas funcionarias da mansão. Era a responsável pelo monitoramento
da limpeza, da cozinha, da jardinagem e de tudo relacionado à casa.
Ela
não acreditava na capacidade de outros funcionários para administrar a mansão,
por isso, semanalmente algumas diaristas eram contratadas para realizar as
tarefas da casa, mas com sua supervisão. O único que lhe auxiliava com todos os
afazeres era Igor Souto, o mordomo de Breno e primo de Ann. Este vivia no
quarto de empregados da mansão e pouco falava, apenas quando a palavra lhe era
dirigida. Isso fazia com que fosse criado um perfil de um indivíduo de caráter
duvidoso.
- Já falei que não precisa me chamar de senhor. –
Breno falou quase balbuciando.
- E se quer saber? Ainda acho que essa festa é
desnecessária. – Ela falou fingindo não ouvi-lo.
- É você já me disse. – O rapaz deitou-se novamente.
- Vou suspender seu café da manhã.
- Obrigado.
Ann
seguiu pelos corredores da casa. Seus saltos pretos ecoavam por todo o
ambiente, um andar de autoridade, gostava de impor sua presença. Desceu as
escadarias do saguão principal e se dirigiu à cozinha. Lá Igor terminava de
organizar uma bandeja com um rico café da manhã para o patrão.
- Suspender o café. – Ann falou pegando a torrada
quente da bandeja e colocando na boca.
- Sabia.
- Esse rapaz vai estragar nossos planos. – A
governanta sentou-se na mesa da cozinha abrindo o jornal que estava ali.
- E agora? – O mordomo falou desfazendo a bandeja.
- Agora é aguardar, ou... – Seu raciocínio foi
interrompido pela campainha.
É intrigante quando um
raciocínio, ou um simples pensamento pode ser interrompido por algum ruído indesejado.
As vezes não se consegue mais concluir tal pensamento e ficamos frustrados. Mas
no caso de Ann o pensamento continuou ali, intacto. Algo ela planejara.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEsdras como meio irmão de Breno foi massa!!!
E eu e tu como funcionários da casa... rsrs
Tá muitooo massa!!!
Beijos
Eu sempre soube que a governanta e o mordomo tem culpa no cartório! rsrsrs E adorei o fato do Esdras ser irmão de Breno! rsrs Quero mais! o/
ResponderExcluirBeijos =)
Já tá tirando conclusões logo no primeiro capítulo Monique? kkkkkkkkkkk
ResponderExcluir;*
HAHAHAHAHA Sempre desconfie do mordomo! E da governanta (?)
ResponderExcluirIsso tá ficando interessante, quero mais. :)
Bjs
Sabia que a governante e o mordomo tinham culpa no cartório. Vocês dois tinham que ser perigosos. Kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAmei Esdras como o irmão. Kkkkkkkkkkkkk
Quero mais.
Bjs!!
Igor, tá muito bom!!! Quero logo essa continuação.
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