Um Contador de histórias (p1)

    Era uma vez um jovem rapaz chamado Alício, em um belo dia, onde o sol brilhava e parecia tornar o verde da grama mais vivo, caminhava por uma estrada de terra. "Que bela, mas longa estrada" pensou o jovem. Ele parecia sentir cada grão de areia em seus pés descalços, sentir o cheiro forte de terra recém molhada. Seus passos eram longos, mas calmos. Admirava cada detalhe do cenário e sua pele sentia cada detalhe do meio.

    Mas a caminhada parecia tranquila de mais, sozinho ele caminhava. Suas feições se tornaram mais preocupadas, parecia sentir falta de algo. Estranhou. A brisa balançava a grama, a brisa que bagunçava seus cabelos se tornou um vento mais forte. As nuvens encobriram o sol. A sombra se fez presente. Seu caminhar ainda lento, parecia querer compreender o que estava acontecendo, mas nem uma resposta lhe vinha a mente.

    Nem uma companhia, nem um objeto, ninguém ou nada ali com ele. Sozinho ele caminhava, apenas acompanhado de sua sombra. O rapaz respirou fundo, o cheiro de terra molhada ainda era o mesmo, agradável. Ele escutou o som do vento era o mesmo. Sentiu os grãos de areia sob seus pés, ainda eram os mesmos.

    Ao longe algo pareceu se mover. Curioso apertou os olhos para tentar identificar o que era. Ainda estava desfocado. Parecia estar sentado, calmo. Não importasse o que fosse estava parado, aguardando algo ou pelo menos, assim pensou Alício. Acelerou o passo para chegar mais perto o mais rápido que pode, para não dar chances do que quer que fosse, sair do lugar.