domingo, 3 de abril de 2011

Veredas

    Caminhando por entre as veredas da minha vida vi um risco na árvore. Um casal apaixonado acabara de riscar, ainda se podia ver a seiva escorrer. O coração cobria as letras iniciais do casal apaixonado. Que inveja... Que inveja eu poderia sentir deles se minha vida acabou de começar? Olho para a marca com um sorriso, um dia será a minha vez, pode não ser agora, mas quem sabe amanhã? Mas afinal de contas sinto-me feliz.
    Continuo minha caminhada por entre as veredas de minha vida e como dizia a musica “passeei no tempo e caminhei nas horas”. Hoje sigo tranquilamente pelo meu caminho, olhando calmamente para as árvores, vou esperar, não quero entrar em uma angustia por estar, prestem atenção, sem um caso. Sei que é bom estar na companhia do outro, mas agora vejo que perdi esse meu Eu, não o eu lírico, mas o Eu que queria sentir e curtir ao mesmo tempo.
    Sinto-me abalado, mas ainda sim posso sentir que no final desta vereda a temperatura está mudando e sinto um calor. Que calor.

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