quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A grama repleta de orvalho



O sol estava brilhando naquela manhã
E pelo campo eu andei sozinho.
Onde finalmente você estava quando acordei?
A grama ainda repleta de orvalho.

Meus péis descalços sobre a lama que se formou,
O cheiro de terra úmida me fez por um instante me esquecer de você,
Mas como uma força arrebatadora você me veio à mente.
Me doeu a cabeça.

E com as lágrimas que escorrem de meus olhos decidi:
Vou esquecer você.
Você não merece minhas lágrimas,
Em minhas lembraças você deve ser apenas um flash.

O sol estava brilhando naquela manhã
E pelo campo eu andei sozinho.
Onde finalmente você estava quando acordei?
A grama ainda repleta de orvalho.

As lembranças ainda enraizadas.
As lembranças ainda intactas.
Quero que se quebrem como um teto de vidro
E a nossa história se tornou como uma vida delicada de um infermo.

Agora, andando pelo campo sozinho, quero uma pedra.
Quero quebrar esse teto de vidro sobre nós.
O teto que um dia construimos, mas juramos que resistiria.
Ainda estou aqui, com a pedra em minhas mãos.

O sol estava brilhando naquela manhã
E pelo campo eu andei sozinho.
Onde finalmente você estava quando acordei?
A grama ainda repleta de orvalho.

Em um pequeno instante percebo sua presença na brisa.
Preciso te esquecer e é o que vou fazer.
A pedra atirada não volta.
Em um intante, um lance.

A decisão foi tomada.
A pedra foi lançada.
As lágrimas cessaram
E o teto se desfez.

A grama ainda repleta de orvalho.

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