Um Contador de histórias (p3)

    As nuvens ainda causavam uma sombra, mas agradável. O vento trazia uma brisa relaxante. Caminhando calmamente Alício percebeu duas figuras vindo em sua direção, de braços dados. As roupas longas, pareciam vestidos. Uma estava vestida de vermelho e outra de branco e juntas caminhavam calmamente pela estrada.

    Alício parou diante delas e elas fizeram o mesmo. Os três ficaram parados, sem reação, uma fotografia tirada no tempo. A garota de branco, sem tirar os olhos do jovem falou à outra: olhe Escura, um humano! A garota de vermelho deu sorriso malicioso e em resposta disse: para eu cobrir em escuridão. "Como você é má" falou sua irmã em defesa do jovem, "vamos até lá". A jovem de vestido branco rendado puxou a mão de Escura e caminharam até ficarem próximas do rapaz.

    "Olá!" falou a garota de roupa branca, "Olá!" respondeu Alício, "Que seja" resmungou Escura. Curioso o rapaz tentou iniciar uma conversa: que experiências da vida vocês são? "Eu sou Clara, sou as coisas boas" a jovem de vestido rendado branco falou com um sorriso caloroso. "Eu sou Escura, sou as coisas ruins" falou mudando totalmente sua expressão, seu rosto se mostrou escuro, maléfico, sombrio. O sorriso da garota de vestido rendado vermelho fez a espinha de Alício congelar. "Só espero coisas boas da estrada da vida" falou o jovem  se posicionando atrás de Clara para evitar qualquer problema com Escura.

    "Desculpe" respondeu a garota de vestido rendado branco, "Mas inevitavelmente, na estrada da vida, a escuridão se faz presente", "Em uma perfeita harmonia" falou a irmã. E completaram: sintonia. Alício refletiu em quanto as duas davam os braços novamente e prosseguiam em seu caminho. Em sussurro o jovem pensou auto: o bom e o ruim. "O bem e o mau" falaram as irmãs como se cantassem uma pequena cantiga de ninar, sem mesmo olhar para trás. Alício seguiu seu caminho.