Onde estão as cores fortes
da primavera?
Onde está o calor do verão?
Extinguiram-se com o tempo.
E eu achando que estariam
sempre ali.
Onde estão as folhas secas
do outono?
Onde está o vento gélido do
inverno?
Extinguiram-se com o tempo.
E eu achando que mesmo assim
estariam ali.
As estações se perderam.
A fantasia criada pela
palavra se perdeu.
As metáforas da vida não
fazem mais sentido.
Letras em uma caixa,
jogadas.
Nada parece ser coerente.
Não importa o quanto me
falam.
Sou agora as palavras dentro
da caixa.
As estações que se
extinguiram.
Quando as cores das flores
da primavera farão sentido?
Quando o calor do verão
aquecerá meu corpo?
Assim como o amor,
Tudo parece não haver
sentido.
As folhas secas dos tempos
difíceis.
Mesmo estas, eu as quero de
volta.
O vento cortante do inverno.
Quero tudo novamente.
O amor que desacredito.
Palavras dentro desta caixa.
Não completam as frases
ideais.
Toda a palavra escrita agora
nada me diz.
Vejo palavras desconexas.
Frases errantes.
Como as estações.
O meio faz o homem.
Tudo parece se influenciar.
As estações perderam seu
propósito.
E as palavras, em resposta,
Perderam seu significado.
Quando voltam as estações?
Quando as palavras
desconexas
Voltarão a fazer sentido?
No meu mundo sem estações.
Acabaram as estações.
Acabaram as palavras.
Nada parece me restar.
Sou um corpo vazio.
Acabaram as estações.
Acabaram as palavras.
Minha alma perdida no nada.
Assim como as palavras
perdidas nas estações errantes.
Onde minha alma vaga.
Por estações errantes.
Sobre um tapete de palavras
sem sentido.
Sou.
Sou o que?
Quem sou?
Palavras.
Estações.
Minhas palavras não fazem
mais sentido.
Só queria que minhas
estações voltassem.
Que minhas palavras
voltassem a fazer sentido.
Eu.
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